Saturday, August 14, 2010

Tá tudo bem entre Plutão e Marte.

Noutro dia tava num sonho estranho, assistina aula numa turma de extraterrestres. Embora tivessem feições, corpos, gestos, aparência, enfim, tudo muito parecido com o que hoje, são os humanos, eles eram extraterrestres. Então, o Professor, notoriamente, descendente de marcianos iniciou a aula. O tema era (Descobrimento) o primeiro encontro e/ou contacto que os cidadãos de Marte tiveram com os cidadãos de Plutão, isso há uns 500 anos atrás, aproximadamente (lembrando que os alunos eram todos jovens de Plutão). Aqui vale montar uma breve explicação para a leitora ou o leitor mais desatento. Os cidadãos de Marte detinham conhecimento bélico e tecnológico mais avançado que os cidadãos de Plutão no momento desse desencontro e arrasaram com quem demosntrasse pouco interesse em cooperar com a conquista marciana. Agora, que a leitora e o leitor estão prestando mais atenção, já perceberam porque me referi ao desencontro nessa parte do texto. Então, foi graças aos cidadãos de Marte que o povo de Plutão teve a oportunidade de conhecer o saque, o estupro e as mais horrendas mazelas que passou a ostentar. A aula estava sendo muito bem trabalhada com as explicações do mestre descendente de marcianos, que num determinado momento falou das mazelas do povo de Plutão com mais detalhes, e foi culpando os marcianos por isso, por aquilo... E falou dessas coisas todas como se não fosse descendente do povo de Marte e como se não tivesse culpa alguma no cartório pela aniquilação material e cultural do povo de Plutão. Além disso, conseguia convencer os alunos que ele é tão vítima quanto o povo de Plutão, embora gozasse de todas as regalias de um marciano. Quando acordei, percebi que aquilo não passava de um sonho e que semelhanças reais e verídicas em relação a esse tema, não passavam de coisas da minha cabeça.


Realengo. 14 de agosto, 2010.
leo bento

Wednesday, August 11, 2010

Cadê o MUZUNGO? Onde tá o MUZUNGO?!

Rogério Ka-a-mmel, aluno do curso de História da Universidade do 'Brazil', acordou bem cedo nos confins da Baixada Fluminense, e se mandou de casa para assistir a aula da Professora Zora Tertuleano. Isso mesmo, Zora Tertuleano, Professora Doutora que enriqueceu estudando e analisando os indígenas brasileiros, além de ter escrito o Best Seller: "Dicionário da Colônia Brazilliana". A aula, de fato estava meio chata um monte de conceitos pra lá e outros vários pra cá. De uma hora para outra, a mulher começa a falar de sua vida pessoal, depois de uns dez minutos dá uma espinafrada nos alunos e se recorda de sua filha que segundo ela, aos doze anos de idade estava aprendendo uma terceira língua e já havia viajado à Europa umas três vezes. Rogério Ka-a-mmel ficou meio nervoso. Solicitou a Professora que retornasse à sala de aula e retirasse uma dúvida. Ela se prontificou a ouvi-lo e ele lançou: - Pelo o que percebo aqui no livro da Senhora, esse Dicionário sobre o Brasil tem muitos verbetes interessantes e que nos retiram dúvidas extremas sobre a Casa-Grande. Mas eu gostaria de saber, o por quê da omissão, da palavra MUZUNGO. Ela olhou para um lado, olhou para o outro, conversou com seus botões e respondeu que não estava entendendo. Pediu que ele repetisse a pergunta e quis saber que idéia louca de Casa-Grande era aquela, já que o "Diocionário da Colônia Braziliana" foi realizado de modo a atender toda a mistura bonita e gostosa que é o povo brasileiro . Rogério Ka-a-mmel lançou novamente: - Cadê o MUZUNGO? Onde tá o MUZUNGO?! A Professora convencida que essa era de fato a pergunta que ele estava fazendo se rendeu ao desconhecimento daquilo que, não era e não é, de seu interesse e falou mais uma vez que não estava entendendo. Rogério não conversou e explicou. Muzungo, professora, é branco safado!

Bom, essa foi a primeira vez que esbarrei com a palavra Muzungo, valeu Rogério. Mas hoje, conheci outra, através do irmão Julio DA COSTA E SILVA e da irmã Carol. E isso nos dá indícios sobre a necessidade de montarmos um Dicionário que atenda outras realidades. Mas vocês para conhecerem o Muzungo que conheci hoje, terão de entrar em: http://diariodezambia.blogspot.com/2010/03/muzungu-muzungu.html#comments espero que tenham as mesmas boas impressões que tive.

léo bento
Brejinho. 11 de agosto, 2010.