Thursday, January 01, 2015

FelizAnoNovo

Edu Pé de Vento foi à Paulista participar da festa da virada, já que ao longo do ano participou da festa da democracia e assistiu à festa alemã diante do futebol brasileiro, argentino e de todos que cruzaram seu caminho. Enfim, na virada contagem regressiva, não houve champanhe, porque o cerimonial da Avenida Paulista não permitiu, a não ser que fosse em cima do palco ou em algum prédio comercial, como não era o caso, o asfalto era um dos companheiros dentre os milhares que ali estavam. Quando bateu meia noite, teve que esperar quinze minutos para assistir à queima de fogos, pois  a festa carioca que passava no telão  ainda não havia acabado. Logo, que acabou a queima lá, teve início a festa pirotécnica daqui. Mas, pena que o metrô parava à uma da manhã e só quem morava no entorno teve oportunidade de continuar saudando o ano que iniciava. Diante disso: FelizAnoNovo!

leo bento
Limoeiro. 01 de janeiro, 2015.

Friday, December 19, 2014

TIM MAIA

tIM mAIA - novinho
Não tenho o hábito de planejar passo-a-passo o que pretendo fazer quando saio para me divertir ou simplesmente vagar para fazer novas descobertas. Ao saber pelo noticiário que seria lançado o filme do Tim Maia, pensei logo que seria alguma coisa bizarra, tipo um sujeito estranho imitando-o sem brilho e contando estórias que muitos julgam saber. E além disso, escondendo coisas de fato relevantes sobre aquele que não recebeu o título de majestade, mas que se comportou como tal. Como o rei dos reis da música popular brasileira (podem não concordar, mas ao menos fica a brecha para o debate no botequim) e que iriam desmascarar o monarca fajuto que está até hoje surfando na personagem que inventaram para ele. Mas, isso é outra estória, outro texto. Quando vi os atores que encenavam, me encantei. Falei comigo mesmo, lá no fundo: - Esse trabalho deve ser sério. Aliás, esse trabalho é sério. Não me restou aumentar a vontade de ir ao cinema. Mas desde que vi o noticiário, o tempo foi passando e já me habituava com a ideia de mais um filme que saia de cartas e eu não colava pra assistir. Pois já gostei mais de cinema, mas de uns tempos para cá, tenho desistido de ficar em frente à telona por achar que jogo dinheiro fora, não pela qualidade dos filmes, mas pela minha total incapacidade de me manter de olhos abertos durante a seção. Acho que isso é exagero, mas me acostumei a não frequentar mais as salas cinematográficas. Quando criança, era emocionante ir ao cinema de Madureira com minha mãe durante as férias. Via todos os filmes em cartaz. Depois, o senso crítico foi se instalando, se consolidando e fiquei meio chato com qualquer filme. Mas o do Tim chamou minha atenção. Não ia acontecer como foi, quando entrei no cinema para dormir. Descansar para continuar na folia no cinema do Passo Imperial. Nem olhei o que estava em cartaz, paguei, sentei na poltrona e fechei os olhos. Era carnaval, eu estava virado e queria continuar na festa da carne que já se iniciava. Era o lugar mais barato para eu tirar uma soneca. Ledo engano o meu. Quando começou o filme (Edukator), logo percebi o tom do enredo e que descompassou o meu samba. Não tive coragem de manter os olhos cerrados, assisti ao longa como se não houvesse amanhã, não retirei o cansaço do corpo e voltei para Belford Roxo sem dar continuidade naquele carnaval que se iniciava. Acontece! Quase que isso vira uma maldição na minha tensa relação com o cinema que se inicia desde então. Deixa eu contar outra estória, daqui há dois meses, faço parabéns de dois anos na selva de pedra e não me recordo de ter ido ao cinema uma única vez. Mas, vinha bem disposto a reverter essa situação. Num dia dessa semana, depois de ver algumas pessoas tecendo comentários interessantes sobre o filme, pessoas que respeito e admiro, fui colocar meu plano em prática. Cheguei mais cedo na dermatologista que cuida da minha foto-sensibilidade, mas a insensível da atendente que inflexivelmente, me fez aguardar quase duas horas, por que a doutora (que só tem graduação) não atende se não for na hora, e na hora que foi marcada a consulta. Tá legal, até aceitei o argumento. Mas, ao sair do consultório, quase que voei no pescoço dela, mas ia perder a seção, então voei em direção ao cinema mesmo. Para minha decepção! O filme do Tim estava em cartaz, mas só era exibido às 13 horas. Isso já era final do dia. Fiquei pensando que o cinema estava priorizando outros filmes em detrimento desse, que talvez esse não tivesse tendo o público esperado e lembrei de uma matéria que li sobre filmes de uns globais famosos, alguns até talentosos como atrizes e atores, mas que não atingiram o público que a mídia considera razoável. Voltei para casa e no dia seguinte ao sair do trabalho, decidi que ia voltar a escrever, voltar a escrever no blog. Para isso precisava ler poesia, abastecer a poésis. O plano já estava armado mais uma vez. Ia passar na livraria. Comprava um livro. Assistia o Tim. Jantava. Ia pra casa. Lia umas duas ou três poesias e num passe de mágica o texto sairia como numa seção mediúnica. Como meus planos não são seguidos da forma como são concebidos, fui ao cinema primeiro. Na verdade era outro cinema, maior, com várias salas de exibição e me deparo com algo mais agradável em relação ao dia anterior. Havia dois horários para assistir ao Tim, um já havia passado, horário de almoço de novo e o outro era às 22 horas, olhei no relógio e ainda eram 18. Pensei: - Num vou assistir. Tá de sacanagem! Mas, aí fui à livraria, peguei uns livros, fiquei lendo, deixei que me escolhessem, jantei, tomei café e a hora avançava pacientemente. Já estava super-feliz, ia ver o Tim. Faltando uns quinze minutos lembrei do caráter ainda provinciano de algumas partes da cidade de São Paulo, pois ao término da seção não teria táxi, não teria ônibus e, com a tosse que estou, não teria pernas suficientes para chegar à casa. Montei, foi no porco e sai de fininho. E o Tim? Hum, o Tim, ficou pra amanhã. Para depois de amanhã, quem sabe prum dia desses. 

leo bento
Limoeiro. 19 de dezembro, 2014

Sunday, January 05, 2014

sem título II

Depois que descobri pelos brancos em minha barba, decidi me exercitar com frequência , abandonando assim minha militância sedentária e convicta. Hoje pela manhã, como faço já há algum tempo fui fazer minha corrida matinal. Depois de ter atravessado meia cidade tropecei num sujeito que certamente é morador do Flamengo e veio da cidade maravilhosa passar o Revellion na Paulista, depois decidiu continuar por aqui para conhecer seus pormenores. Logo, me identificou como seu conterrâneo, pois eu estava trajando um uniforme do Madureira novinho para dar sorte. E o cabra já veio me sacanear dizendo que eu estava correndo muito devagarzinho. Bati de ombros, fiz cara de poucos amigos e despejei: - To vindo de Belford Roxo, doidão. 

leo bento
Limoeiro. 05 de janeiro, 2014

sem título

Num dia desses ensolarados de São Paulo, João Barriga d’Água com sua companheira Gabriela Pançudinha, os dois casados há pouco tempo, estavam passeando alegremente pelo Parque Vila Lobos quando ela começou a passar mal. A moça mal conseguia andar, e no miudinho chegaram a um ponto de táxi e foram correndo para um pronto socorro. Lá, foram muito bem atendidos e segundo os sintomas relatados, chegaram logo ao médico especialista em mulheres num estado interessante. Ao iniciar o atendimento ficou constatado o que já se presumia: a moça estava de fato montando um novo ser e o tratador de gentes quando deu a notícia, percebeu no rosto aflito de Gabriela que a pressão da moça estava alta, ela já sabia da hipertensão herdada. De bate pronto, o tal á que os atendia falou que precisavam fazer um planejamento familiar e se imaginou retirando o que a fazia geradora de vida, pensou mais um pouco e se imaginou fazendo isso em série com todas a mulheres que se pareciam com ela, pensou na pele e nas histórias comuns. Mas não tinha noção da ancestralidade que os dois atendidos carregavam. O homem do jaleco branco deixou transparecer a ideia sádica de forma que João e Gabriela perceberam a loucura do sujeito. Iam partir pra cima da criatura que muito desconcertado saiu às pressas para o banheiro. Imediatamente, se transportaram para o facebook e contrariando todas as normas familiares, anunciaram. Em menos de um minuto, choveu mensagens e curtidas. E a mais contundente foi a de um tiozinho superconectado, que aparece uma vez na vida e outra na morte, mas ciente dos problemas de hipertensão da família de Gabriela, recomendou que comprassem logo uma televisão já que era o único artigo que faltava na residência...

leo bento
Limoeiro. 05 de janeiro, 2014

Friday, August 17, 2012

Cesária ou natural, eis a questão!

Se um dia for obrigado a decidir sobre cesária ou natural. Não terei dúvida! Invocarei Cesária, seja onde ela estiver. Já fico a imaginá-la chegando, sorrindo e chorando. E mais pra frente, quem sabe, cantando. Mas a natureza é a natureza e se comporta do jeito que quer e bem entende!

                                              


Para Luciana Barrozo

leo bento
17 de agosto, 2012

Wednesday, March 23, 2011

Falta de respeito I


Na última sexta-feira, fui ao Centro resolver um problema, que nem me recordo mais o que era. Mas, foi agradável reencontrar meu amigo Zé Boa Praça para saber das novidades. Pois, desde que chegou da Bolívia, ainda não conseguimos colocar a prosa em dia. Assim, que cheguei no local marcado, a Igreja do Rosário, localizada na Rua Uruguaiana, mais precisamente num bar posicionado atrás da Igreja, me sentei e pedi ao Baixinho uma água. Ele me olhou meio de banda e perguntou se estava tudo bem. Respondi que sim e ele acabou trazendo uma garrafinha com um copo cheio de gelo, quando colocou sobre a mesa, falei com ele em voz baixa que era para iniciar bem os trabalhos porque a noite prometia. Que nada, eu estava era o sacaneando mesmo. Pois, há algumas semanas descobri ser portador de uma esofagite zicabraba, logo não posso mais ingerir bebidas alcoólicas, fumar, comer gordura e uma série de outras coisas que eram bem vindas a minha mesa. Mas isso, não vem ao caso. Assim como eu, vários amigos da época da faculdade estão passando pela mesma experiência (nada agradável), acho até que essa doença já pode ser elencada como o "mal desse século". Quando menos espero, o Boa Praça entra no recinto. Todos o cumprimentam, abaixam o chapéu, o olhar e quando ele senta a mesa, o Baixinho já trás uma garrafa com um líquido meio amargo, mas que bem gelada deve ser uma maravilha. Põe sobre a mesa com dois copos dizendo que um sujeito do outro lado do bar pagou. O Zé aceitou e bebeu, ainda comentou que o sujeito poderia pagar outra, mas logo terminado o comentário, o Baixinho repetiu o gesto anterior dizendo que agora era outro que pagava a bebida. Nos entre olhamos meio desconfiados, mas achamos melhor não comentar. E o Zé foi bebendo antes que esquentasse. Para minha agonia, além de ter que agüentar o Baixinho e o Boa Praça me sacaneando, tive que pedir um copo de leite (ainda por cima desnatado) para dar continuidade a minha dieta. Depois de algum tempo ele foi me explicando como era interessante a experiência de estar estudando em um país vizinho, pois sua ida à Bolívia, ao contrário do que muitos pensam, é para fazer o doutorado. Num primeiro momento pensei que ele estivesse mesmo era querendo se aprimorar na arte do tango, mas foi uma idéia leviana a minha, ainda mais na Bolívia que tem fama de produzir outras coisas como a guerra do "coco do pombo", mais conhecida como a guerra do Chaco. Mas vamos deixar esses devaneios históricos para outro momento e nos ater ao que interessa. No ápice de nossa conversa ele mencionou que foi condecorado pelos amigos de classe e pelos professores ao saberem que ele era o MINISTRO DA FELICIDADE, com uma placa de bronze que tem carregado dentro da bolsa para cima e para baixo. Mostrou pro Baixinho, pra galera do bar, acredito que deva estar mostrando até para os motoristas e para os trocadores dos ônibus que pega quando vai trabalhar. Depois de duas horas e o relato fluindo, precisei me alimentar. Logo saímos da Igreja em direção a uma lanchonete que vende umas coisas naturebas. Tava cheia, e o Boa Praça precisava sacar uma grana. Fomos em direção à Cinelândia. Quando chegamos na Praça havia uma galera reunida, levantando bandeiras, fazendo discursos e logo avistamos mais destacados dois amigos. Paramos para perguntar como estava a vida e tentar entender o porque da movimentação. Eles demonstraram um olhar perturbador e foram logo dizendo que eram contra. Depois disso, não precisaram dizer mais uma palavra, por que o ministro sacou a placa de bronze os mostrou, guardou e começou a falar coisas sobre a liberdade de ir e vir, de direitos humanos e de coisas que edificam . Ficamos ali meio distraídos com aquelas palavras muito úteis e interessantes para o momento, quando me vi cercado pelas pessoas que estavam na manifestação e queriam ouvi-lo. Todos mudaram o semblante, a forma de olhar e logo passaram a exibir um leve sorriso no canto da boca. Mas como nem tudo são flores, essa maravilhosa galera chegou acompanhada (ou talvez cercada de) policiais que saíram, deus sabe de onde, ( e com certeza com os ouvidos, e olhos bem vedados ao ponto de não ouvirem, e nem verem o Ministro). Foram logo gritando: - ABRE A BOLSA! ABRE A BOLSA! Passaram a revista em todo mundo que estava na Praça, não aliviaram nem a autoridade máxima do Ministério, que no meio da confusão ainda conseguiu desejar boa noite. Mas não adiantou de muita coisa, pois ao encontrarem a placa de bronze, pesando uns cinco quilos, escrita em castelhano, a autoridade policial não conversou, meteu o ministro na caçapa e o levou para delegacia com direito a tapinha na cabeça e tudo. Desde então, não tive mais contacto com o meu amigo. Ficou preso todo o final de semana, sendo liberado ontem, quarta-feira. Foi preso sob a acusação de ter subvertido a ordem contra a visita de um presidente que estava a caminho do nosso país. Mesmo nessa situação, não saiu mais do noticiário. Zé Boa Praça esteve na capa dos jornais com os cabelos raspados e fazendo a cabeça de outros presos para organizarem uma manifestação pacífica e com muita alegria no presídio. Mas que não deu muito certo. Esses Agentes Públicos, que não combinam com alegria, não gostaram muito da idéia e o expulsaram do presídio. E assim ficou registrado nos anais da história o primeiro caso de um sujeito que foi colocado em liberdade sem a necessidade de Habeas Corpus. Afinal de contas ele é MINISTRO, né?!


Essas sãos imagens do Ministro da Felicidade. A esquerda, o Ministro depois do cárcere. E a direita momentos antes de me encontrar.



leo bento
Realento. 24 de março, 2011.

Friday, March 04, 2011

SÃO PAULO pode ser uma opção


Já que não estarei no Rio, preciso (ao menos) desejar bom carnaval aos que ficam. Infelizmente, esse ano, fui obrigado a me retirar estrategicamente dessa ”maravilha de cenário”. A decisão foi dificílima, porém justa. Tudo começa quando, em minha casa durante um almoço familiar, meu amigo Júlio Malandrinho convida a mim e ao Mano Rogério Pança Cheia para participar de um protesto. De bate pronto gostei da idéia, já que existe uma série de injustiças por aí e ficar calado diante delas não é bem a minha praia. Já estava super animado com a idéia de vomitar palavras de ordens contra os ‘reaças’ de plantão. Então, sem que eles percebessem eu já havia entrado no quarto trocado de roupa, enchido minha mochila com coquetéis ‘molotoves’ verbais e máscaras metafóricas, caso viesse ocorrer um confronto mais enérgico. Eu já tava lá em praça pública gritando palavras de ordem contra o sistema, contra a nobreza, contra a burguesia, a monarquia, a república e também contra o ensino médio profissionalizante que me fez perder tempo quando quis entrar para uma Universidade Pública. Quando conclui esse pensamento, Malandrinho me puxou pelo braço e perguntou se eu tava escutando. Óbvio que não! Naquela altura eu estava era muito longe , mas tive que voltar. E quando chego à mesa em que estive sentado todo o tempo, ele disse que o protesto, não era bem o que estávamos pensando. Pairou a dúvida, eu e Rogério nos olhamos e perguntamos: Vai ser o que então, essa porra? Ele, meio sem graça, foi se explicando , dizendo que na verdade iríamos , era acompanhar um bloco da Zona Sul que falava algo sobre um sujeito racista (para os que sofrem com o racismo) mas que para outros não era (tão) racista assim, enfim... Pança Cheia já escaldado e experimentado dessas atividades, resolveu a questão com um NÃO bem grande. Alegou que esses blocos são compostos por fortões que num assopro derrubaria aos três e quem mais estivesse junto no momento. E de fato ele tinha razão. Não resolvemos pagar para ver. Continuamos comendo o peixe com molho de camarão que por sinal estava maravilhoso. E não falamos mais nisso. Mas a estória não terminou aqui. Pois, na semana seguinte ao tal desfile todos os jornais estamparam fotografias do rosto de Júlio Malandrinho totalmente desorientado sendo preso pelo efetivo policial que fazia a segurança dos bacanas do bloco. Ele chegou lá com uma faixa falando alguma coisa contra o racismo e o efeito foi o contrário. As autoridades policiais de plantão que não sabiam interpretar texto entenderam que Malandrinho fazia odes ao racismo e resolveram levá-lo a presença do Senhor Doutor Delegado para que prestasse esclarecimentos. Com aquele seu jeito mole de falar convenceu o interrogador do óbvio. Logo que foi liberado, fez um exame de consciência e resolveu não passar o carnaval no Rio de Janeiro como de costume, pagando passagem e estadia de seus amigos para curtir o melhor carnaval do mundo em São Paulo. Pois lá, ao menos poderiam transitar em ruas sem congestionamento, teriam banehiros públicos suficientes quando pintasse o aperto, visitariam uma série de museus e espaços culturais que estarão abertos ao longo do extenso feriado, com a idéia fixa de não se depararem com nenhum imprevisto.

Rogério, Giselle, Lu, Léo, Carol e Julio Vitor da Costa e Silva.



Realengo. 04 de março, 2011.
leo bento

Sunday, January 23, 2011

Cavaleiro de Aruanda

Oxóssi êeee
Oxóssi aaaaa
Oxóssi é marambolê, marambolá
Quem é aquele que vem lá de Aruanda
Montado em seu cavalo
Com seu chapéu de banda
Ele é Oxóssi de Aruanda eeeeee
Ele é Oxóssi de Aruanda aaaaa