Friday, November 10, 2006

Calma aí mocinha...



Ele tava na calmaria e Ela também. Um dia, decidiram sentir a emoção. Gostaram tanto que passaram a intercalar emoção com calmaria. Ele decidiu ter a calmaria com Ela. Ela ficou com medo de trocar uma estabelecia por outra nova. Também Ela nem sabia se seria realmente uma calmaria ou não. Então Ele logo optou pela emoção. Ela o jogou na roda sem dó nem piedade para que um dia Ele voltasse como deveria de ser. Muita pretensão dizer que “Ela o jogou na roda”. Diga-me uma coisa então, quando eu disse que Ela não era pretensiosa? Ela o jogou na roda e pronto! Vai Super Negão, Preto da Noite, Malandro de merda, ta na hora, vai se FODI (com letras garrafais)! E Ele como um bom malandro, gostou! E como gostou! Ia prum lado, ia pro outro... às vezes, tentava a calmaria em algum lugar, em algum porto que achava ser seguro. Mas sina de malandro tu sabe como é. Se não sabe, pode conversar com Ele, já virou otário mesmo. Mas Ele parecia não ter mesmo jeito, quando menos se esperava Ele em pouco tempo já estava tendendo pra outro lado. Ela, ficou no seu mundinho calmo, no máximo, trocou de uma calmaria pra outra. Tudo bem, Ela também gostava da emoção... mas não sem ter a segurança da calmaria. Às vezes, Ele tendia pra bem pertinho dEla. E Ela pensava que Ele ia parar ali, bem na sua frente. Mas não, Ele parava do outro lado. Outras vezes, Ele queria parar ali, mas Ela só queria ter olhos pra calmaria. Algumas vezes Eles até se encontraram, mas logo Ele voltava pra emoção e Ela pra calmaria. E o tempo foi passando, passando e Ela se enganando na felicidade dos outros aguardava pendurada e tentando se equilibrar numa confiança ‘agônica’. Ela então, decidiu acabar com esse sofrimento. Falou pra Ele não parar mais ali. Ele sempre insistente. Ela negava, dizendo um não sei lá no fundo. Ele insistia mais ainda. Ela se esforçava pra continuar negando. Até que Ele percebeu que a emoção já não era mais tão boa. Ele queria a calmaria!!! Se fudeu demais! E ela? Ah, Ela tava era cansada da porra de calmaria chata que havia se metido. Ela queria Ele!. Eles se encontraram. Eles se queriam! Ela sabia a hora certa. Ele parou!. Ela teve medo. Mas Ele disse com um sorriso estampado no peito: - Fica com medo, não! Vou machucar, não! Vou machucar, não! Fica com medo, não!
'
aespacial, atemporal'!
Luciana Barrozo & leo bento!

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